segunda-feira, 18 de outubro de 2010

amor.com




No tempo dos meus avós, as pessoas tinham duas maneiras de expressar seus sentimentos. Cara a cara, ou através de uma longa e bem escrita carta de amor.
Na época dos meus pais, as pessoas podiam dizer ao vivo e a cores, podiam se telefonar, mandar telegramas. E mesmo assim, os casais apaixonados utilizavam a boa e velha carta pra se declarar.
Hoje em dia, a maioria das pessoas nunca nem pegou em uma caneta com o intuito de escrever uma carta. Muito menos uma que fosse de amor.
Das poucas pessoas que já escreveram uma, 99% são garotas. Adolescentes. O outro 1% é de pessoas que gostam de escrever e o fazem como se essa moda nunca tivesse se extinguido.
Aí você pode culpar os tempos modernos e a internet por essa escassez de amor em papel e tinta. E você também pode pensar, “puxa o romantismo está mesmo morto e enterrado”. Ou pode simplesmente entender as adaptações.
Porque olha bem, quem nunca ficou horas esperando no msn, só pra ver um certo alguém entrar. Agora imagine só, a sua avó sentada em um banquinho ao lado do portão de casa, só esperando o carteiro passar.
Quem nunca sentiu como se o coração estivesse explodindo de tanta alegria, quando sobe a janelinha laranja piscante da pessoa que você esperou tanto. Você pode muito bem vizualizar a sua avózinha rindo para as paredes quando percebe que, sim, o carteiro trouxe a carta tão esperada.
E quem nunca se sentiu amado e querido, ao receber um e-mail, depoimento, mensagem offline de alguém que gosta muito? Todos nós.
Porque ok, deve ser lindo receber uma carta de amor, escrita à mão, em um papel bem bonito, que chega em um envelope com selo e tudo. Mas não podemos nos esquecer de todas as cartas/mensagens virtuais que recebemos sempre, e que às vezes recebemos até mais do que se tivéssemos que esperar por cartas.
E a internet, bem ou mal, é como aquele carteiro em seu uniforme, levando mensagens de amor pra quem está perto, pra quem está longe, pra quem retribui ou não. E nós continuamos apaixonados e nos declarando, mesmo que por meios diferentes.

7 comentários:

Anônimo disse...

Tudo continua do mesmo jeito, só vão sendo feitas algumas reformulações; mas a realidade é que a Elis Regina estava certa quando cantava que ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais...

gostei daqui, suas palavras são sinceras.
;*

Ana Carolina disse...

Adorei o seu texto, vi seu blog no tópico do blorkutando e resolvi entrar...tambem estou participando do concurso se puder da uma olha no meu tambem
http://anitaguiar.blogspot.com/

beijos

Ana Paula Vieira disse...

Fiquei agora imaginando a minha avó recebendo cartas, hehe, é os tempos mudaram, fico pensando como será com nosso filhos, hehe

mas agente nunca pode perder o romantismo, cartas ainda sao romanticas, boques de flores entao nem se fala, uma mensagem de orkut ou um buque virtual nunca serão melhores.

beijosss

Andressa Tavares disse...

kkk é verdade!
E como já gelei, e meu coração disparou quando a janelinha aparecia, e ficava piscando.
Muito lindo o texto!

beijocas!

Ariana Coimbra disse...

Realmente, que atire a primeira pedra quem nunca ficou esperando a janelinha do msn de certo alguém subir!
Acho que tudo continua a mesma coisa, so evoluiu, mais confesso que se fosse pra mim escolher entre uma carta e um e-mail eu preferiria a carta!

Beijos

Camila Paier disse...

Acho linda essa idéia de se declarar, sou uma adicta. E eu achava mais bonita ainda essa idéia de escrever uma carta e aguardar por uma idéia bem pensada, e não qualquer coisa mandada por mensagem (instantânea, ou não). Amei o post! Gosto de pensar que pessoas se comunicavam, e que era tudo tão mais romântico e cooperado.
Um beijo!

Luiza Fritzen disse...

a forma de demonstrar o amor pode mudar, mas o sentimento deve permanecer a mesma de sempre, profunda e real. muito boa a ideia que você teve do texto, internet perde o tato, mas ficamos ansiosos também, e felizes quando as mensagens chegam. beijos :)

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