domingo, 31 de outubro de 2010

Melhor do que revanche.



Agora é minha vez de falar. Sente-se e apenas leia isso, enquanto pensa no erro que cometeu.
Sim, é a hora de uma pequena vingança.
Tudo começou quando eu o conheci. Quando o conheci realmente. Era um novo ano, e eu havia encontrado um novo amor. A química era perfeita, eu o tinha onde eu queria. Ele era já era meu.
Então você chegou e o tomou de mim, antes que eu conseguisse pronunciar a palavra “SABOTAGEM”. Escute os aplausos, vindos de mim, para você.
Seria mentira se eu te dissesse que não esperava algo assim vindo de você. Tinha minhas pequenas suspeitas. Mas sim, subestimei sua capacidade. Por um segundo esqueci como funcionava o seu jogo sujo.
Você deveria ter sentido a dor, a dor que eu senti. Que batia dentro de mim igualzinho a batidas de uma bateria.
Mas você também subestimou de quem estava roubando.
Ela não é uma santa. Ela não é quem você pensa. É apenas uma atriz. Até que eu entendo o que você fez, afinal ela é bem conhecida pelo o que ela faz para os seus conquistados. Mas logo, logo ela vai descobrir que roubar o brinquedo das outras crianças, não vai fazer com que ela seja a mais popular no playground. E ela deve ter somente uma coisa em mente: Não há nada que eu faça melhor do que revanche.
Você vive como se a vida fosse uma festa, em que você foi convidada. Você olha pra mim, como se eu fosse uma tendência fashion que já passou. Essa sua cara de poucos amigos às vezes me assusta, e eu sei que você deve pensar que eu sou louca, já que eu vivo escrevendo coisas sobre você.
Só saiba que o sucesso não vem através das boas roupas que você veste, ou das pessoas importantes que você conhece. E muito menos através de derrubar as pessoas e passar por cima delas pra conseguir o que você quer. Talvez não tenham te ensinado isso em casa, então agora eu tenho que fazer isso. Nenhuma carinha de piedade que você consiga fazer vai te trazer dignidade.
Pra você eu posso até ser apenas mais uma que você gosta de desdenhar. Você o tem, tudo bem. Mas talvez esqueceram de te avisar que sou eu quem tem a última palavra. E você ainda age como se soubesse o que está fazendo, mas se eu fosse você não teria tanta certeza.

(Antes que venham me acusar de plágio, ou de ser uma louca vingativa, sim essa música é 100% inspirada na música "Better than revenge" da linda Taylor S.)
quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Melhor amiga, hoje e sempre.



Não imaginaria que seria tão complicado escrever esse texto. Tão complicado descrever uma amizade tão simples e genuína.
Lembro tão bem dos momentos mais importantes, e sei descrever tão bem sua personalidade, então não compreendo onde está a dificuldade nisso tudo.
Talvez seja porque o tempo nos pegou, e talvez um pouquinho a maturidade.
Eu sempre vou te amar, e nunca vou esquecer todas as brigas que você já comprou por mim. E nem esquecer de como você esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis e nos mais malucos também.
Dividimos tantos segredos, paixões, risadas, lágrimas, briguinhas, revoltas, reconciliações, dificuldades... Tantos momentos que eu guardo no meu coração.
Sinceramente não sei quando parei de te contar tudo sobre minha vida. E nem quando comecei a sair mais com as outras meninas do que com você. E também não sei o porquê.
Como eu disse acho que o tempo chegou pra estremecer a nossa amizade.
Só sei que com certeza não tem a ver com sua personalidade e quem você é. Eu adoro isso em você. Mesmo que já tenha tido vergonha alheia algumas vezes. O jeito como você não aceita perder, e chora a toa. Como é forte em alguns momentos e tão sensível em outros. E como você sempre pede desculpas depois de ter ficado chateada com algo realmente bobo.
Talvez esse pequeno afastamento se deva a pequenas atitudes que você tem. E pequenas brigas que você recusa a comprar por mim agora. Culpa sua, me acostumou mal.
Mas sabe, acho que a gente supera. Um dia, quando essas nuvens negras se afastarem do nosso sol.
Você tem ciúme também. E me enerva tem horas. Mas pode ter certeza que o lugar que você tem no meu coração é cativo. É só seu e de mais ninguém. A gente vai ser amiga mesmo com 89 anos e usando dentadura. Mesmo se você no fim, ficar com aquele que não te merece.
Eu sei que eu ameacei nossa amizade com isso. Mas se você der esse passo errado, e cair, eu vou te ajudar a levantar, porque é isso que as amigas fazem.
Só que seria muito bom se você pudesse me ouvir agora e evitar as feridas.
E eu que ainda lembro-me de quando era você que cuidava de mim. Agora eu me sinto tão responsável, tão irmã mais velha. Por isso eu te dou ordens, por isso eu te quero tão bem. Tá que às vezes você não entende a minha chatice, e porque eu tento fazer você desviar do poste, e não dar com a cara nele. Eu acho que é porque eu já me machuquei tantas vezes, que eu ganhei uma visão melhor dessas coisas.
Mas acho que chegou à hora de deixar você escolher sozinha o seu caminho. O que é difícil, eu imagino. Só que se você não quebrar sua cara, você nunca vai entender a dor.
Eu te amo, e digo sinceramente quando digo isso. E não precisa ter ciúmes porque eu saí com fulana, ou porque fui dormir na casa de beltrana. E eu não vou te impedir de namorar nenhum cafa, se é o que você deseja.
Só sei que você é minha melhor amiga há mais de 10 anos, é minha melhor amiga hoje, e vai ser pra sempre.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Como é estranho não sentir. Passar ao seu lado, te observar a distância, olhar antigas fotografias e simplesmente não sentir nada por você.
Um sentimento tão sincero e forte, que eu pensei que jamais iria me deixar. E me deixou, tão rápido.
Se é algo bom não sei. Penso que sim, pois, dizem que quanto maior a altura maior a queda. E já estávamos tão alto, não é mesmo? Imagino que se tivéssemos enrolado um pouco mais, talvez eu não suportasse a dor do final.
E todos que imaginaram um final dramático, que nem aconteceu. Não que nosso fim tenha sido comum, mas foi blasé e previsível. Nada demais.
Tem horas que eu gostaria de sentir de novo. Gostaria que nunca tivesse acabado. Mesmo sabendo que foi o melhor pra nós. Mas, o que posso fazer? Sou humana. Também sou tomada por pensamentos traiçoeiros que me remetem aos tempos felizes e simples.
Era pra lá que eu queria voltar. Não gostaria que nos refizéssemos, não daria certo. O orgulho e as feridas são demais pra serem simplesmente ignorados.
Saudade é a palavra. Ou talvez não. Amor com certeza foi a palavra um dia. Mas a Infantilidade tomou seu lugar. E a Covardia fechou nosso pacote.
Mas, eu penso que a palavra que deve predominar agora é Tempo. O que nós nos resolvemos dar, e que foi demais, agora talvez seja a solução. Para que um dia eu passe por você, sem nenhum resquício de mágoa e tristeza, e fiquem somente os bons sentimentos no meu coração. As lembranças cruéis, todas apagadas.
Aí, quem sabe, a gente se encontre em alguma reunião social sente e converse sobre como o tempo mudou tudo o que nós pensávamos que sabíamos, mas na verdade não. E como estamos contentes agora, e iremos comparar todas as nossas conquistas. E rir, e realmente ficarmos felizes um pelo outro. E lembrar com carinho de tudo o que um dia fomos. Ou quase.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010

amor.com




No tempo dos meus avós, as pessoas tinham duas maneiras de expressar seus sentimentos. Cara a cara, ou através de uma longa e bem escrita carta de amor.
Na época dos meus pais, as pessoas podiam dizer ao vivo e a cores, podiam se telefonar, mandar telegramas. E mesmo assim, os casais apaixonados utilizavam a boa e velha carta pra se declarar.
Hoje em dia, a maioria das pessoas nunca nem pegou em uma caneta com o intuito de escrever uma carta. Muito menos uma que fosse de amor.
Das poucas pessoas que já escreveram uma, 99% são garotas. Adolescentes. O outro 1% é de pessoas que gostam de escrever e o fazem como se essa moda nunca tivesse se extinguido.
Aí você pode culpar os tempos modernos e a internet por essa escassez de amor em papel e tinta. E você também pode pensar, “puxa o romantismo está mesmo morto e enterrado”. Ou pode simplesmente entender as adaptações.
Porque olha bem, quem nunca ficou horas esperando no msn, só pra ver um certo alguém entrar. Agora imagine só, a sua avó sentada em um banquinho ao lado do portão de casa, só esperando o carteiro passar.
Quem nunca sentiu como se o coração estivesse explodindo de tanta alegria, quando sobe a janelinha laranja piscante da pessoa que você esperou tanto. Você pode muito bem vizualizar a sua avózinha rindo para as paredes quando percebe que, sim, o carteiro trouxe a carta tão esperada.
E quem nunca se sentiu amado e querido, ao receber um e-mail, depoimento, mensagem offline de alguém que gosta muito? Todos nós.
Porque ok, deve ser lindo receber uma carta de amor, escrita à mão, em um papel bem bonito, que chega em um envelope com selo e tudo. Mas não podemos nos esquecer de todas as cartas/mensagens virtuais que recebemos sempre, e que às vezes recebemos até mais do que se tivéssemos que esperar por cartas.
E a internet, bem ou mal, é como aquele carteiro em seu uniforme, levando mensagens de amor pra quem está perto, pra quem está longe, pra quem retribui ou não. E nós continuamos apaixonados e nos declarando, mesmo que por meios diferentes.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain




Pra começo de tudo, eu não te odeio. Ódio é uma palavra muito forte, e eu não posso dizer que eu odeio alguém. Claro tem pessoas que eu realmente não gosto, mas eu não as odeio.

E você nem está na lista das pessoas que eu realmente não gosto. Eu simplesmente parei de sentir alguma coisa por você. E talvez isso seja pior que ódio. Mas como você nunca gostou de mim realmente, então é algo bastante relevante.

Nós nos diziamos irmãs. Que seriamos melhores amigas pra sempre. Afinal, nós crescemos juntas, e realmente deveriamos nos amar como irmãs, e deveriamos durar para sempre. Mas não foi bem assim afinal.

Eu gostava demais de você, e você gostava de menos de mim. E esse foi nosso problema. Talvez se eu tivesse me esforçado menos e você mais.

Tudo bem você vai dizer, ‘mas eu realmente gostava de você’. Eu sei que você pensa que sim. E talvez a sua maneira, realmente tenha me amado. Mas não era nada compatível ao meu modo de gostar. E como em nenhum momento você se esforçou pra entender o meu modo, eu entendo isso como falta de amor.

E eu com o meu jeito altruísta de ser, colocando os sentimentos de todos acima dos meus, deixei você subir na minha cabeça e sapatear. Não foi totalmente sua culpa, eu deixei. Eu pensei que aguentaria, e no fim eu desabei.

E cara, como eu queria ter aguentado. Evitado minha dor, sua dor, a dor das pessoas que nos rodeiam. Eu também queria que você não tivesse precisado pisar em mim. Que nossa maneira de gostar pudesse ter sido a mesma.

Mas agora nada disso adianta mais. Acabou, temos que aceitar. Você me pediu perdão, e eu aceitei de verdade. Mas alguma coisa quebrou, e a cola que a gente tentou passar não funcionou.

Quem sabe um dia, com o tempo e tudo mais, a gente volte a ser como era. Eu amadureci muito em pouco tempo, e sinto que você ficou no mesmo lugar. Quem sabe não é isso? Quem sabe quando você chegar aonde eu estou, a gente volte a se entender.

Seria algo realmente bom se acontecesse.

Mas mesmo que não aconteça, eu desejo tudo de bom pra você. Que sua vida seja feliz e cheia de coisas boas. Que você encontre (se já não encontrou) o homem da sua vida, e que ninguém o tire de você, e que ele te cuide bem e nunca te decepcione. Espero que você tenha uma carreira de sucesso e uma família linda.

E que nenhuma amiga sua te magoe, como você me magoou.
terça-feira, 12 de outubro de 2010



Todo mundo me chama de revoltada, dizem que eu tô errada sempre. Que eu sou boba em acreditar no melhor das pessoas sempre. De acreditar que amizades verdadeiras existem, e que são mais importantes do que garotos sem importância.
E de tanto me falarem isso, e de me mostrarem que eu realmente era bobinha em acreditar nisso, eu comecei a acreditar.
Perdi a confiança, a fé nas pessoas. Passei a desconfiar de todo mundo, até nas pessoas que eu mais confiava. Todos eram uma ameaça.
E eu fui ficando seca, triste e mais insegura do que o habitual. E as pessoas que me condenavam, passaram a dizer que eu estava certa em ser assim. Reparei que elas eram assim, como eu estava me tornando. Todos amargos e egoístas.
Então eu percebi, como nada disso fazia sentido nenhum. Eu nasci doce, alegre e confiável. Então eu deveria morrer doce, alegre e confiável. Eu sou assim, eu confio nas pessoas, eu acredito que elas são boas.
E sim, eu já sei que elas vão me magoar, e quebrar meu coração. Mas isso não é motivo pra eu mudar quem eu sou.
Pra mim amizades contam mais que namoricos, família é essencial, novas amizades são sempre pessoas boas, e amores são sempre correspondidos. Eu sei que não é assim de verdade, mas meu coração não sabe, ele acredita.
E eu não vou deixar meu coração mudar. Eu não vou mudar.
Prefiro quebrar a minha cara por ser boa e generosa, do que ficar bem sendo má e egocêntrica.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010



Eu não estava na melhor fase da vida. Não queria me comprometer, nem fazer promessas que eu não poderia cumprir. Não queria acreditar mais uma vez, e ver todos os meus sonhos e expectativas caindo por terra.
Então eu me tornei introspectiva e taciturna. Não socializava, nem sensualisava com ninguém. Pra quê? Não poderia acontecer de jeito algum mesmo.
Só estava por aí, cuidando de mim e das minhas coisas. Vivendo sem metas, sem pressa e sem obstáculos.
Mas aí ele aconteceu. Tão de repente como uma chuva de verão. E o mais engraçado é que ele realmente aconteceu, ele não apareceu, porque na verdade ele já estava lá antes, eu é que nunca havia notado.
Precisou da minha ajuda, e demonstrou não ser tão imbecil quanto parecia. Eu hesitei. Não precisava tocar no fogo pra saber que me queimaria. Mas eu sou assim, apenas uma boa garota que ajuda quem precisa.
No fundo eu sabia que tudo poderia mudar a partir dessa brincadeira, e era muito arriscado, mas meus instintos falaram mais alto. Eles sempre falam. Então o avisei, pedi que não se apaixonasse por mim. Ele riu.
A partir dos dias de convivência eu percebi que além de não ser imbecil, ele era bem legal. Charmoso, encantador, sorridente, educado, engraçado e sedutor. Era assim, simplesmente assim. Por trás da aparência rebelde era apenas um bom moço enrustido.
E eu me apaixonei. Droga. De novo. E sabia que eu ia me machucar. De novo. Então eu fugi.
Corri dele, corri de mim. O mais rápido que eu pude. Mas ele me alcançou. Me abraçou forte, como que dizendo pra eu não ter medo.

- Eu te amo.
- Mas eu pedi que não se apaixonasse por mim.

Ele me beijou e completou, - se você tivesse me pedido qualquer coisa, como a lua, por exemplo, eu teria buscado pra você. Qualquer coisa POSSÍVEL eu teria feito. Mas tudo o que você queria era a única coisa que estava fora do meu alcance. Desculpe, era impossível.

Eu o beijei, fechei meus olhos e desejei que não desse tudo errado dessa vez.
terça-feira, 5 de outubro de 2010

Traíra.



O que eu vou postar hoje não foi escrito por mim. É um texto de uma das minhas autoras preferida,Tati Bernardi.
E fala sobre uma coisa que vem acontecendo muito ao meu redo ultimamente, e como a falta de criatividade não me permite criar um bom texto ah alguns dias, resolvi postar esse hoje.

TRAÍRA.

Venha, não tenha medo. É só o mar. Não, eu não sei nadar. Eu te ajudo, vem. Confia, vem. Estica a perna assim, abre o braço assim. Respira assim. Vem. Mas eu não sei. Mas eu tô aqui. Olhe meus olhos tão arregalados, como posso guardar mentira aqui? Eu posso cantar pra você, eu posso te segurar, eu posso ficar aqui até você conseguir. Eu não sei. Tá perto. Vai. Solta da borda. Eu sei, você já foi parar no fundo. Mas agora é diferente. Tá mais raso. E eu tô aqui. Eu vim do outro lado do oceano. Eu vim só por sua causa. Vem, larga da borda. Pode vir. Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui. Confia. Não sei. Pode vir. Não tem mais ninguém. A borda é para os peixes pequenos. Solta, isso, relaxa a cabeça no meu peito. Não tem fundo mas eu te ajudo a flutuar. Você pode. Calma. Afoga um pouco no começo, cansa, desespera. Mas você quer como eu quero? Quero. Então eu te ajudo. Vem. Isso. Segura em mim. Paz. Azul. Agora, você está quase conseguindo. Falta só metade. Você está quase chegando, mas eu vou decepar a sua cabeça pra usar de bóia. Eu também não sei nadar.
 

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