quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Meu futuro namorado.



Espero que você não esteja longe, e que chegue aqui bem depressinha. Já sinto sua falta sem nem ao menos te conhecer. Bem, pelo menos eu acho que não conheço.
Se eu já te conheço, acredito que ainda não notei sua presença, e já peço desculpa.
Gostaria muito que você fosse bem alto, com os ombros largos, um bonito sorriso e muito carinhoso. Lindo, lindo não precisa ser, porque quando eu me apaixonar eu já vou te achar mesmo o cara mais gato do mundo.
Você poderia ser bem cavalheiro e gentil. Um homem à moda antiga, do tipo que abre a porta do carro e paga toda a conta no restaurante. Que liga todos os dias e manda flores sem razão nenhuma.
E se alguma piriguetezinha vier pro seu lado, fazendo a “languida” eu tenho certeza absoluta que você não vai nem notar a presença dela. Porque você vai me amar tanto que só terá olhos pra mim, e ninguém mais.
Nós vamos andar de mãos dadas no parque, e passar os domingos juntinhos assistindo filme e comendo pipoca em casa. Ah, outra coisa, você não vai ser festeiro e nem pudim-de-pinga. Vai ser caseiro e diurno que nem eu.
Tomara que seja meu mais novo, e último namorado. O cara com quem eu vou passar o resto da vida junto. E tomara que você realmente exista.

Tá, eu não sei se existe alguém assim. E não sei se a minha metade da laranja vai ser assim.
Mas eu sou menina, e sou romântica. Então sim, eu idealizei alguém.
Isso até pode ser um problema, se eu ficar sonhando acordada enquanto a realidade passa por mim, e dá tchauzinho.
Só que eu não vou, porque eu sei que quando o meu alguém especial chegar, eu vou saber quem é. De um jeito ou de outro. Mesmo que ele não seja o modelo que eu inventei, nem meu tipo ideal. Eu vou amar do mesmo jeito, e com a mesma intensidade com que eu amaria o senhor cara perfeito aí de cima.
Vou amar tanto, porque pra mim ele vai ser o cara perfeito. O cara perfeito pra mim.
terça-feira, 28 de setembro de 2010



Peguei meu celular, e reli a mensagem de texto pela milésima vez.
“Preciso falar com você é urgente. Me espere no ponto de ônibus amanhã.”
Ele queria me encontrar. No ponto de ônibus. No nosso ponto de ônibus.
Fiquei imaginando o que poderia ser, já não tínhamos mais nenhum assunto em aberto. Nenhum.
Pensei comigo, tenho mesmo que pegar o ônibus amanha. Eu pego ônibus todo dia. Então eu iria. Mas não iria esperar nada, se ele quiser mesmo falar comigo, ele que chegue antes de mim e me espere.
E ele chegou. Estava lá escorado na proteção amarela do ponto. A voz dele estava tremula quando me disse oi. Ele estava nervoso, então devia ser algo sério.

- Oi.
- Oi.
- Tudo bem?
- Olha, eu estou ótima. Isso aqui tem algum fundamento ou é só pra me fazer perder tempo.
- Calma, nervosinha.
- Não to nervosa.
- Ta bom, vamos direto ao ponto então. Eu conversei com alguém ontem.
- Quem?
- Seu melhor amigo.
- E ?
- Ele me disse uma coisa. Você gosta de mim?
- Er, hm. Claro. Você é legal, nós somos amigos.
- Não menina, de outro jeito?
- E isso importa? Você já tem alguém agora!
- Não tenho não.
-Ah ta. – virei os olhos sem querer.
- Viu só por que nós não demos certo. Esse seu jeito de quem sabe de tudo.
- Eu acho que eu sei de tudo? E você que se acha tão bom que me ignora!
- Eu te ignoro?
- Aham. Só fala comigo quando te dá na telha.
- Mas porque você é doida, passa e nem olha pra mim. Nem vem atrás de mim. A...
- Ela sempre vai atrás de vc né? Por isso que vocês tem que ficar juntos.
- Não disse nada.
- Mas ia.
- Você não respondeu a minha pergunta.
- Nem você a minha. Interessa? Você ia deixar ela pra ficar comigo?
- Se a resposta for sim.
- Sim.

Ele me segurou tão rápido, e tão forte que eu quase nem percebi. Quando dei por mim, nossos lábios já estavam unidos por um beijo.

- O que você ta fazendo?
- Concertando as coisas. Isso deveria ter sido assim desde o começo.
- Mas agora não é mais o começo.
- O que você quer dizer?
- Nossa hora já passou. Agora você tem outra pessoa.
- Eu termino.
- E quebra o coração dela por mim?
- Sim.
- Não, eu não quero isso.
- Você não me quer?
- Quero, mas não assim. Agora não dá mais.
- Ela não sabia que você gostava de mim, quando veio me procurar?
- Sabia.
- Então.
- Essa é a diferença entre eu e ela. E você escolheu ela antes. Então desculpa.

Meu ônibus chegou nesse instante. Eu parti e não quis olhar pro lado de fora. Eu não quis ver o que eu havia perdido. Dessa vez, para sempre.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Ah, me deixa em paz! Tudo o que eu quero é seguir a minha vida. Tocar em frente. Continuar.
Então por que raios, você simplesmente não deixa? Nada do que você faça ou diga, vai mudar a minha idéia. Nem o seu melhor sorriso vai derreter o meu coração que você congelou.
Se eu não era tão importante pra você antes, se você foi capaz de me trair da maneira mais feia e triste, então por que eu sou importante agora?
Sentiu falta né?! Dos meus chamegos, das minhas piadas intelectuais que você nunca entendia meu sorriso sincero sempre que você chegava. Mas meu bem, acabou. Eu te dei algo a mais, eu te dei sinceridade, e você jogou tudo pro alto. Agora fazer o que? Voltar atrás eu não vou.
Você sabe, quando quero muito uma coisa do fundo do meu ser, eu consigo. E o que eu mais quero agora é me desvencilhar disso tudo. De você, do modo que me magoou, do modo errado que você tenta me recuperar, das pessoas que estão ao seu lado agora. Não quero isso pra mim, não mais.
Por isso eu te peço, pare. Não me procure mais. Não venha atrás de mim. Eu não quero, sério. Não é doce, não é charme. Você sabe que não sou esse tipo de garota. Salve o ultimo restinho de respeito que eu tenho pela sua pessoa e vai. Continua seu caminho, segue tua estrada.
A minha eu já segui.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Só o que me faz bem.



A partir de agora na minha vida eu só quero o que me faz bem. Amigos sinceros, risadas, dias de sol e amor verdadeiro.
Chega de tanta hipocrisia, sentimentalismo barato, tardes nubladas e toda aquela falsidade.
Eu percebi (finalmente) que eu não tenho mais 11 anos, que eu não sou mais uma criancinha boboca que precisa se auto-afirmar todo o tempo. Eu não preciso ter um milhão de ‘amigos’ pra estar feliz, nem de conquistar o menino mais bonito da turma.
Eu preciso na verdade da minha meia dúzia (tudo isso?) de amigos que me deixam alegre. Da minha família linda que me apóia o tempo todo. De um amor sincero que se importe mais comigo do que com seu ego inchado.
Então eu só peço, não me julguem por estar assim tão seca e sincera. Não me julguem por não suportar mais ‘amigas’ que não sabem viver sem precisar provar que são melhores que eu, ou por não querer mais passar meu tempo com caras que acham que só porque tem boa aparência podem tudo e vão conquistar tudo na vida sem esforço. Não meu julguem por não ser mais só aquela menininha doce, que se importa mais com os outros do que consigo mesma.
Isso se chama maturidade. Quem sabe um dia todos vocês a conheçam, é uma ótima amiga e conselheira. Ela me ensinou que eu posso sim ser doce, mas eu não preciso ser burra pra isso. Que amigos sinceros ficam felizes pelas nossas conquistas. E que por aí, em algum lugar existe alguém que usa o cérebro com destreza, e que vai realmente gostar de mim, só de mim.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Julgando um livro pela capa.



Além de muito fácil, é muito comum acreditar em primeiras impressões. Em relação a tudo, pessoas, coisas, sentimentos.
Quem nunca desprezou a coleguinha novata na classe, só porque ela parecia ser chata? Ou se apaixonou pelo bonitão que parecia ser o melhor, e na verdade era um porco arrogante? E quem sempre coloca te volta na prateleira aquele livro antigo, meio mofado, sem mesmo nem abri-lo antes?
Julgar e rotular sem conhecer primeiro é algo bobo, banal. Mamãe sempre diz: “Não julgue o livro pela capa”. E é bem verdade. Pelo menos eu vejo assim.
E olha só você não sabe o gosto, sem provar. Não conhece o final da história, sem antes ler. Não conhece o sentimento, sem sentir. Se você não abrir a sua mente e o seu coraçãozinho para as novidades, sua vida pode ficar chata e maçante, porque vai ser tudo sempre igual.
Não acredite nas suas primeiras impressões, elas são enganosas. Assim como enganoso é o coração. A sua coleguinha que parece ser chata pode acabar se tornando uma grande amiga, e te ajudar muito em vários momentos da sua vida. O bonitão pode muito bem menosprezar seus sentimentos porque se acha bom demais. E aquele livro, o mofadinho, pode ser o melhor livro que você já leu na vida.
Então, vá em frente. Vá conhecer tudo que você sempre menosprezou sem antes conhecer, e aprenda que toda moeda tem dois lados, e nada é imutável. Se você já deu uma chance pra alguma coisa e mesmo assim se decepcionou, tente mais uma vez. Às vezes nós nos enganamos, ou mudamos de idéia em relação a algo, e isso pode te fazer descobrir ou redescobrir coisas maravilhosas.
E essa meus queridos, essa é a beleza da vida!
terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tremores e Temores.



Eu já esperava por aquele momento. Eu sabia que ia acontecer. Às vezes eu até afirmava para as minhas amigas, que já havia acontecido.
Mas quando aconteceu, eu percebi que esperar, não é o mesmo que estar pronta. Percebi que agora era definitivo, e que quando é definitivo todos os meus sonhos caem por terra.
Minhas pernas bambearam, meu sorriso sincero se transformou num sorriso falso, meu coração já não batia em compassos regulares. Eu era um poço de tremores. Minha carne tremia, meu espírito tremia.
Eu queria muito chorar, mas não ia deixar me verem chorar por isso. E eu sabia que no final, eu não conseguiria chorar. Não por você.
Meus temores chegaram rapidamente. E agora? Você nunca será meu novamente? Eu nunca conseguirei a minha tão esperada felicidade? Ela vai conseguir te fazer feliz?
A madrugada veio depressa, pra aumentar minha apreensão. Meus pensamentos giravam e giravam, e sempre retornavam até o fadítico comentário. Meu coração doía, meu estomago se retorcia. Por mais que meus olhos fossem orgulhosos demais pra derramar lágrimas por você, minha alma chorava.
Então chegou a manhã. Não qualquer manhã, uma manhã de segunda-feira, e eu fui acertada bem na cara pela rotina. E pelo sol que continuava brilhando. E eu percebi que o sol, o meu sol tão querido, não havia parado de brilhar por causa da sua falta de bom senso e inteligência. E que as pessoas não pararam de me empurrar no ônibus, mesmo eu sendo uma rejeitada. E que eu teria que continuar com todas as minhas responsabilidades, mesmo estando magoada e ferida. Percebi que o mundo não se importava com isso. E que eu não deveria me importar também. Eu não poderia fugir de tudo, nem me esconder pra sempre.
Então eu fiz. Eu parei de fingir que não me importava, e passei a REALMENTE não me importar.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Carta pra você, sem carinho.



Não me olhe mais nos olhos, não se aproxime de mim. Pro seu bem, pro meu bem.
Nesse exato momento estou tão irritada com você que nem sei o que seria capaz de fazer. Provavelmente faria um barraco horroroso, ou socaria a sua cara, o que me faria quebrar a minha mão, já que eu não sou boa em socar caras.
Então fique aí com sua nova galera, e me deixe em paz. Para sempre. E eu falo sério, quando uso esse para sempre.
Por muito tempo você foi meu melhor amigo. Meu ponto de paz. Agora você é só mais um babaca que partiu meu coração. O pior de tudo é que me avisaram um milhão de vezes. Mas eu teimosa como sempre nunca escuto os bons conselhos.
Em alguns momentos você foi como uma bóia salva-vidas pra mim. Me fez rir quando eu mais chorei. Me distraiu quando foi necessário. Ganhou minha confiança, e conquistou meu coração.
E sempre que você errava, e eu jurava que nunca mais iria falar com você, eu já sabia que era da boca pra fora, porque você sempre voltava, ‘com o rabinho entre as pernas’, e me reconquistava com alguma piada boba. Sempre voltava pra mim.
Mas agora você passou muito do ponto. Além de errar, você me trocou pelo seu erro. Foi como ter me derrubado e depois me chutado. E doeu. Só que nada que você possa fazer, vai conseguir o meu perdão. Porque você me faz mal. Me machuca, e acha graça disso. Agora eu posso perceber.
Eu não me arrependo de ter sido sua amiga todo esse tempo, e de ter te amado, e me doado em seu benefício. Quem vai se arrepender é você, talvez agora, talvez daqui a um tempo. Vai se arrepender quando não tiver ninguém lá por você quando você precisar.
Agora você se acha o tal, o bambambam, o garanhão, o melhor. Você acha que não precisa de ninguém pra te ajudar, ninguém ao seu lado. Mas isso não é verdade. Em algum momento você vai precisar de alguém, e talvez ninguém esteja lá porque você afasta todo mundo que te quer bem de verdade.
Nem pense que essas suas ‘amiguinhas’ vão te ajudar. Porque elas não tem cérebro, e nem amor no coração. Tudo o que elas têm, é o que você está usufruindo agora, e nada mais. Então divirta-se, aproveite-as bem, e torça pra que realmente você nunca precise de ninguém na vida.
Ou então, arrume outra ‘Aline’ na sua vida, e tenta não estragar tudo da próxima vez.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sweet Surrender



Ela já não sabia mais o q fazer. Não tinha mais alternativas. Não tinha mais forças.
Era obrigada a ver o objeto do seu desejo nos braços de outra. De uma outra que por ser quem era fazia tudo aquilo muito mais dolorido.
Havia sonhado, planejado um futuro ao lado dele. Teria dado certo, teria funcionado. Ela sabia disso.
Era como se ela tivesse encontrado a sua metade perdida. Como se agora tudo fosse ficar bem.
Mas no fim eles não se completavam, e o que agora era pra estar bem, estava muito pior do que antes.
E ele não demorou pra encontrar a sua real metade. Agora estava feliz, porque estava funcionando pra ele. A vida estava realmente funcionando.
Mas ela, coitada. Percebeu q era defeituosa, e q não, não existia no mundo uma metade pra ela.
Tudo o q ela pode fazer é ficar feliz em ver sua quase metade sendo feliz. Por mais q doesse, e sangrasse por dentro. Era a única alternativa.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Insuperável.



Talvez porque no meu interior eu tenha a certeza de que tudo ainda não acabou. Talvez porque eu queira ter essa certeza. Ou porque talvez ainda não tenha passado o tempo suficiente pra me fazer esquecer.
Cada música q eu ouço, cada filme que eu vejo, cada poema de amor. Tudo me lembra você, e tudo o que nós poderíamos ter sido. Eu sempre tento te espantar da minha mente, e te desejar coisas boas pra sua nova história de amor, mas dentro de mim eu sei que não vai ser ela que te fará feliz.
Ainda somos muito jovens pra saber o que acontecerá com nossas vidas, muito jovens pra ter certeza. Mas eu tenho certeza de que ainda não acabou. De que se eu melhorar, e se você melhorar a gente faz funcionar.
Não vou mandar uma praga sobre a sua efêmera alegria, nem tentar atrapalhar o que vocês possuem, porque eu sei que eu posso concertar a nossa história quando essa história acabar.
Por enquanto ainda está muito difícil. É complicado fingir que está tudo bem, e q eu superei. Ainda não consigo olhar pra você, quando você fala comigo. Nem disfarçar que ainda me dói. Mas me dói. Dói como um milhão de agulhas sendo enfiadas no meu coração toda vez que eu te vejo. Dói como dói segurar o choro quando você não quer que vejam sua fraqueza. Dói como dói ter que gostar dela só porque é ela que te faz feliz.
Eu te amo, de uma forma totalmente diferente dos meus outros pseudo-amores. Não foi forte e arrebatador como um furacão. Foi algo calmo, tranqüilo e conquistador. Exatamente como você. Totalmente diferente de mim, e da minha forma de ser. Opostos que se atraíram, e que devem ficar juntos no final.
Pense em nós como um filme. Tivemos a parte de se conhecer e se apaixonar. Depois a parte da estupidez recíproca, agora estamos no momento em que tentamos seguir em frente, e eu já percebi que nunca vou conseguir te superar. A próxima parte você já deve saber, é quando finalmente você também vai perceber que eu sou insuperável.
E você vai vir atrás de mim. Ou eu irei atrás de você. Não importa.
Também não importa o lugar. Um aeroporto. Uma rodoviária. Um ponto de táxi. Tanto faz.
O que interessa é lá no final, eu vou te ter, então os malditos créditos podem começar a subir pela tela, enquanto você me beija, e diz que nunca, nunca mais vai me deixar.
E assim eu finalmente terei meu final feliz.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Me dói.



Você é o meu sofrimento pessoal. Meu espinho na carne. A estaca enfiada no meu coração.
Não consigo te esquecer, não posso superar.
Eu tento, tento e tento mais. Não dá. Sou incapaz.
Minto. Digo sempre: “ Está tudo bem, já passou.” . E coloco um sorriso fingido na cara, mas repare bem os meus olhos não sorriem junto.
Digo pra você, para as minhas amigas (até para a melhor delas), para minha mãe. Às vezes minto até pra mim.
E me dói. Dói tanto, um sofrimento lento e agoniante, que me acompanha pelas 24 horas do meu dia. Inclusive nos meus sonhos.
Eu sei que é necessário esquecer e superar. Tocar a vida. Deixar pra lá. Isso eu sei, mas quem disse que o meu velho coração sabe?
Esse coração burrinho e boboca, que não entende nada das coisas da vida. Não entende o porque da distância, e porque não foi como deveria ter sido.
Torço para que um dia, o meu coração entenda, e tenha um descanso. Porque todos merecem descanso. Até mesmo os corações mais idiotas. Idiotas como o meu.
terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meu vício.



Sou uma pessoa propensa a vícios. Não os clichês, como drogas ou bebida. Mas já tive/tenho vários.
Já fui viciada em coisas estranhas como querer a companhia de gente que não ligava pra mim. E quando era novinha tinha um vício estranho, de arrancar fios de cabelo. Desde bebê já era assim. Quando aprendi a engatinhar, passava um tempo enfiando meu dedinho em um buraco na parede, sem motivo aparente.
Até hoje sou viciada em roer as unhas. Rouo, rouo, rouo. Quando estou nervosa, ansiosa, ou apenas não tenho nada pra fazer. f
Também tenho os bons vícios. Livros, seriados, música, FAMÍLIA E AMIGOS.
Mas o pior de todos os meus vícios é você. Sim você, com esse jeitão de fazendeiro bobo. Menino do interior. Suas piadas sem graça, e a maneira de me deixar confortável ao seu lado.
Eu sei que me faz sofrer, me machuca, e não liga para os meus sentimentos de sonhadora boba. Eu sei que não é de mim que você gosta. Não mais.
Tentei como toda pessoa sã tenta, me afastar desse vício que só me faz mal. Só que esse vício é persistente e me segue. Meus amigos o oferecem de volta pra mim, em vez de me manterem afastada. Pobrezinhos, nem sabem o estágio que essa doença se encontra.
Não consegui ficar longe, nem parar de te desejar. E mesmo sabendo que quando vêem te buscar, eu fico sozinha de novo apenas com meus sonhos e vontades, e que eu vou chorar, e vai doer quando eu te ver ao lado dela, eu deixo você ficar, eu uso você. Porque é doce, é suave, é bom.
Agora decidi que eu não vou mais lutar contra nada. Eu me sentia lutando contra a vida. Não vou mais. Me recuso. Se você quer que eu te use, eu te uso. Se eu tiver que sofrer depois, eu sofro. Mas eu vou aproveitar enquanto eu te tiver, mesmo que seja pouquinho.
Você é meu vício, meu sabor, meu desabor, minha ruína. E eu gosto disso.
 

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